Houve crescimento de 8,3% nas concessões feitas pela Prefeitura de São Paulo durante o ano passado, totalizando 984
O número de alvarás concedidos para a construção de novos empreendimentos verticais, na capital paulista, chegou ao recorde de 984 no ano passado.
Significou um crescimento de 8,3%, segundo informações da Prefeitura de São Paulo, compiladas pela Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Para este ano, segundo Luiz Antonio França, presidente da Abrainc, há expectativa de novo recorde de alvarás, puxado por projetos dos padrões médio e alto, assim como ocorreu em 2020. “Com a vacina e a perspectiva de volta do crescimento da economia, a expansão irá se acelerar”, afirma França ao Valor.
Na avaliação do presidente da Abrainc, à medida que a vacinação contra a covid-19 for realizada, haverá retomada da economia, com “reorientação da curva de emprego”.
“O maior temor da perda de emprego já ocorreu”, segundo ele.
O Indicador Antecedente do Mercado Imobiliário indica a atividade construtiva de lançamentos previstos pelas incorporadoras. “A leitura é que o mercado imobiliário está realmente forte e vai continuar a crescer”, diz o presidente da Abrainc. A série histórica do indicador tem 20 anos.
No quarto trimestre, a concessão de alvarás aumentou 4,1%, na comparação anual, para 218.
Nos primeiros meses da pandemia de covid-19, potenciais compradores de imóveis dos padrões médio e alto ficaram em compasso de espera. Em seguida, retomaram as aquisições. “O fato de as pessoas passarem mais tempo em casa também gerou mais uma onda de compradores”, diz França.
Juros baixos e disponibilidade de crédito imobiliário estimularam a demanda e, consequentemente, a decisão das incorporadoras de lançar empreendimentos.
Por regiões, o indicador apontou crescimento de 55,6% do número de alvarás concedidos para projetos no Centro; alta de 29,1%, na zona Norte, e de 10,6% na zona Leste. Nas zonas Oeste e Sul, porém, foram registradas quedas de 20,5% e 4%, respectivamente.
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